domingo, 4 de março de 2012

Há mais mistérios entre o céu e a BR, do que sonha nossa vã filosofia

Se vocês acham que estamos perto do caos no que diz respeito ao trânsito da BR-116, no trajeto Capital/Vale dos Sinos/capital, estão redondamente enganados.
Não estamos perto, já chegamos no caos.
A BR já virou tema de estudo de especialistas, tema de terapia em consultórios de psicólogos que tratam pacientes esgotados com o vai e vem no trânsito, que consome mais de quatro horas dos seus dias, virou tema de happy hour, onde os condutores que utilizam este trajeto todos os dias, contam suas histórias, num bate-papo com os amigos, regado com um chopinho gelado.
É como a história de pescador: todo mundo tem uma história para contar e seu peixe, no caso, uma acidente entre dois ou mais carros, é sempre o maior.
Há dois anos troquei de carro, e a vendedora da concessionária me disse que, somente naquele final de semana, a Ford, de Novo Hamburgo, vendeu 400 veículos. Imaginem as outras concessionárias, das outras tantas marcas, em outras tantas cidades da região.
Por mais reformas que se façam na estrada federal, viadutos que se construam e teorias que se criem, será impossível tratar este problema.
Eu tenho a facilidade de não ter que encarar o trânsito todos os dias, e faço meus horários, quando é o caso. Mas seguidamente, marco uma reunião para às 9h da manhã em Porto Alegre e me deparo com um caminhão caindo aos pedaços, quebrado na estrada, ou dois jacus apressadinhos que bateram com seus carros as 8h da manhã, ou ainda... simplesmente, o engarrafamento acontece por nada. ABSOLUTAMENTE NADA.
É impressionante.
Já me deparei com uma gostosona de malha de ginástica, parada na lateral esquerda da estrada às 8h da manhã, sem gasolina, atravessando a rua para pegar combustível no posto, enquanto que os garanhões paravam para bater papo com a moçoila. Paga academia, mas não tem grana para abastecer o carro. Essa é ótima.
Aliás, se vocês pensam que os problemas na BR são meramente de responsabilidade dos engenheiros de trânsito e dos condutores apressadinhos, de novo, estão errados.
O trânsito para porque as pessoas decidem fazer amizade umas com as outras, dividir suas angustias, contar as agruras da vida, pedir conselho para a nova amiga, sobre como agir no relacionamento que está indo por água abaixo (aliás, depois não sabe porque está indo por água abaixo), e marcar um encontro.
Dá uma piscadinha para o carro ao lado, e voilá!!!, num passe de mágica, eis uma nova amizade.
Passei um almoço inteiro tentando descobrir com minhas amigas, a logística do espetáculo; aliás, digno de um mestre, mas ainda não consegui.
Talvez quando descobrir, descubra também, a solução para os engarrafamentos da BR.

sábado, 3 de março de 2012

“Pense o que vc quizer , to com conciencia tranquila...”


Tem coisas que me tiram do sério:
1) Erros de português: a primeira delas
2) Alguém me dizer que ta com a consciência tranqüila quando nem sabe onde fica a consciência. Poderia me dizer qual o CEP da tua consciência pra eu mandar uma carta, um torpedo, um mail ou um sinal de fumaça???
Nunca na minha vida, imaginei que em tão pouco tempo eu teria tanto material pra escrever em nosso Blog.
Também acho que quando em situações adversas a gente produz mais.
Vida tranqüila: cérebro preguiçoso.
Vida sacudida: cérebro atuante. Ao menos isso pra compensar!!!
Ninguém imagina como tem gente maluca solta por aí!!!
E a “gente louca” ta bem perto de ti, muitas vezes a teu lado!!!
Não pensem que só é o sujeito que aparece no Balanço Geral da Record naquele mega sensacionalismo. Ou aquele trazido de uma forma mais bem acabada no Jornal Nacional sendo notícia do Willian Boner e a Patrícia Poeta!!
Tem gente maluca que fica do teu lado e não percebe que tem que se tratar.
Aliás, quando tu fala que deve procurar ajuda nem ouve, porque afinal só escuta seu umbigo.
Então vamos combinar: dá próxima vez que alguém resolver me dar explicação, ao menos passa um corretor de textos, ameniza minha ira.
Bj bj
Gabi

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Não é 2012 que deve ser diferente, é você



Li esta frase no MSN de um amigo.
Fazia algum tempo que não escrevia aqui no blog. Pensei em escrever algo para o ano novo que vem chegando, mas não sabia o que escrever, pois minhas amigas blogueiras e eu, estávamos totalmente ocupadas ou sem inspiração para dissertar sobre o Papai Noel. Quando li a frase sobre 2012 no MSN do meu amigo, pensei:  “Gostei. Vou escrever sobre isso”.
Todo final de ano, fizemos uma análise do ano que está acabando, e já temos em mente todas as resoluções para o ano que está chegando. Analisamos as promessas que fizemos para nós mesmos, se as conseguimos cumprir ou não, avaliamos as metas que nos impusemos  e, se algo deu errado, ou não conseguimos concretizar algum objetivo, culpamos o ano. Ah, é porque era ano par e não gosto de ano par, ou porque era ano impar e nos anos impares as coisas não dão certo para mim. Sempre há alguma desculpa, e  sempre desejamos que o ano seguinte seja melhor, seja menos estressante, com menos isso e mais aquilo. Mas  não nos damos conta, que grande parte do sucesso (ou do fracasso) das nossas realizações cabe a nós mesmos, e não aos anos pares ou ímpares.
Claro que fatos externos, como uma grande crise mundial ou uma catástrofe ecológica muitas vezes podem afetar nossas vidas radicalmente. Porém, de uma forma geral, nós somos os únicos responsáveis por mudarmos ou não, as nossas vidas. E nem sempre mudar pode ser bom, muitas vezes manter uma situação, pode ser a melhor opção. Assim, como algumas mudanças podem dar trabalho, nos exigir muito em dado momento, porém, podem nos trazer uma grande satisfação ou sucesso, depois que acontecem.
Se algo não deu certo durante o ano, temos que avaliar os motivos pelos quais as coisas não aconteceram da maneira como planejamos,  e  o que podemos fazer para mudar tudo, temos que planejar  o que podemos fazer, para que no próximo ano, tudo possa ser diferente.
Mas, se tudo tiver dado certo no ano que passou, ótimo! Seguimos pelo mesmo caminho, com o mesmo modus operandi, ou simplesmente, mudamos tudo. Mudamos o foco e vamos em busca de coisas novas.
Em qualquer uma das situações, nós somos os responsáveis pelos acontecimentos em nossa vida. É o tal do “livre arbítrio”, eu acho. Só tu, e só tu podes decidir qual o caminho seguir, as pessoas com as quais te relacionar, as situações saudáveis ou as que devem ser descartadas em tua vida. Tu és o dono do teu destino.
Não é  o ano novo que tem que ser diferente, é tu.
Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EX


Também sou Ex, mas sou uma Ex muito legal. Modéstia longe.
Do tipo que não incomoda.
Do meu Ex-primeiro marido, praticamente não tenho notícias. Acho que nem o reconheço na rua.
Já o meu Ex-segundo é um cara muito legal e as vezes conversamos porque temos um filho canino que ficou sob a guarda dele. Acho que isso acontece uma vez ao mês ou a cada dois meses.
De Ex matrimônios meus, encerrei a lista. Apesar de dois, nunca fui namoradeira, acontece que foram duradouros.
Mas Ex-mulher em regra é um pé no saco.
Em especial quando não tem namorado.
As vezes acho que quando a gente começa um novo namoro que tem Ex, a primeira pergunta seria: tua Ex tem namorado? Sim? Belezaaaaa. Masssáaaaaaaa guriaaa!!! Adorei Ela!!!!
Ex com namorado é muito mais fácil. Não se preocupa com o Ex dela, apenas com a pensão porque tem Ex que só vive disso. Não fica ligando pro celular do Ex querendo falar com os filhos que estão com o Ex pra ficar perguntando onde vocês estão? Tão jantando onde? Teu pai ta gastando muito? Pede pra ele um tênis, uma camiseta, uma mariposa, uma preá. Tudo bem caro!!! Porque senão gasta tudo com aquela Vagab%**#@@!!!
Já Ex com namorado??? Bárbaro: não deixa que o Ex dela fique passando na casa que já foi dele como se continuasse dono. Não pega o controle remoto da TV nem senta no sofá zipando. Geladeira? Nem se atreve em abrir sem permissão expressa. Passar da soleira da porta? Bahhh tem que ser muito macho!!! Ex com namorado põem Ex na linha, pode crer, em dois toques!!! O próprio Atual da Ex dá um jeito nisso!!
Então queridas amigas, quando forem namorar alguém que já foi casado com filhos o que para as solteiras é 100% de certeza - afinal quem é Ex e não tem filhos ou fez exame espermicida e constatou baixa qualificação de seus espermatozóides ou ta jogando no outro time – alertem-se porque talvez vocês estarão namorando também a outra que não é uma amante e sim a Ex.
Bj bj Gabi

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Espetáculo de feriado


Ópera e música clássica definitivamente não fazem parte do meu gosto musical, mas resolvi aceitar o convite da minha amiga e colega de blog, Gabriela, para assistir ao show de Jose Carreras, um dos maiores tenores do mundo.
O show foi em comemoração à inauguração do novo anfiteatro da Feevale, o maior do estado, com 1800 lugares. Em parceria com a Opus Promoções, o local foi construído muito rápido e é lindo, imponente e confortável. Um orgulho para a cidade de Novo Hamburgo, que até então recebia os artistas no Centro de Cultura, caindo aos pedaços e sem ar-condicionado. Uma vergonha.
O 20 de setembro foi um marco na história de Novo Hamburgo, sem dúvida. A combinação do anfiteatro moderno, com as vozes de Jose Carreras e da argentina Marina Silva, do maestro David Gimenez Carreras, e da orquestra da PUC, foi irretocável.

Carreras estendeu o show em algumas músicas, cantou Aquarela do Brasil, elogiou o prédio novo e o público afetuoso.
Marina Silva destacou-se durante o show e foi tão aplaudida (ou mais) quanto Carreras. Uma voz de deixar a gente de olhos vidrados, tentando acreditar que a voz é realmente dela.
O maestro David Gimenez foi espetacular, e a orquestra da PUC, harmoniosa e perfeita.

Um espetáculo de encher os olhos, agradar os ouvidos e alegrar o feriado tão xoxo e chuvoso que tivemos.

sábado, 3 de setembro de 2011

Uuuuuuuuuh!

Não em quartas.
Escolhe qualquer dia da semana para sair à noite, curtir os amigos ou os corpinhos. Mas não em quartas-feiras. Sempre tem jogo. E não adianta, por mais linda que seja a mulher, o cara olha por cima dela, para chegar até a televisão mais próxima e ver o resultado do jogo.
O pior é, quando, no intervalo entre o primeiro e o segundo tempo, a boneca já engatou aquele papo cabeça  com o corpinho, tipo “e aí...?”, acompanhado de uma mexidinha no cabelo dela,  um dos times deixa um  gol escapar  quando o jogo recomeça;  e o corpinho larga tudo (inclusive o cabelo da boneca) pra grunhir um sonoro: “uuuuuuuuuuh!” Tipo homem das cavernas.
Banho demorado, creme no corpo inteiro, uma hora e meia fazendo chapinha no cabelo,  blusinha decotada e sexy num frio de 5 graus, mais uma  hora ensaiando caras e bocas na frente do espelho, e  ao menor  “uuuuuuuuhuuu!” todo esse sacrifício e dedicação vão pelo ralo do banheiro da balada.
Inteligência é sexy, e por mim, o cara não precisa ter barriga de tanquinho, braço com 30cm de diâmetro, e vestir  camiseta tipo “mamãe, olha como eu sou fortinho”. Tem que saber conversar. Nada de “uuuuuuuuuuuuuh!". Pode fazer “uuuuuuuuuuuuh!” e gritar “Grêmio, Grêmio!”, ou “Inteeeeeeer, Inteeeeer!”. Mas só quando estiver com os amigos. Comigo, não.
Vai lá... hoje é sábado. Capricha no modelito e programa o resto do findi. Nos finais de semana não tem jogos à noite. Só não sai em quartas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estou em reformas

Me sentei para trabalhar. Fazer um segundo turno e colocar em dia as coisas que deixei pendentes na sexta.
Mas, tive vontade de vir até aqui e contar para vocês que hoje, troquei os puxadores do armário da cozinha que estavam quebrados e precisavam ser substituídos. Ah! E montei sozinha a cadeira nova que comprei, modelo office, com rodízios e encosto anatômico para a coluna, e apoio para a cabeça.
Nossa, ia me esquecendo: também estou substituindo as almofadinhas das cadeiras que tenho na sala.
Tudo isso parece uma idiotice, né ?
Para mim, também parecia, há dois meses atrás. Eu precisava dar uma ajeitada na minha casa, substituir as coisas velhas e quebradas, renovar, mudar de lugar, fazer um escritorizionho para mim, uma vez que trabalho em casa, a maior parte do tempo. Mas eu posterguei estas pequenas reformas por quase dois anos e a casa foi ficando atirada, com cara de barraco. Tudo me incomodava, me dava nojo, estava enjoada, mas só justificava que não fazia as reformas e mudanças, porque estava sem grana.
Em função de uma crise existencial-profissional e muitas noite mal dormidas, comecei terapia. Não sei se foram as 5 seções que já fiz e a empatia com a Cris, minha terapeuta, ou se foi mera coincidência e força de vontade, mas percebi que minha casa estava como eu: atirada e precisando de uma reforma urgente.
Percebi isso um dia à noite, quando planejava com meu namorado, como faríamos meu escritório no quartinho vazio que tenho sobrando em casa, e onde jogava tudo o que não sabia que destino destino dar.  Percebi que na verdade, a vontade de mudar algumas coisas dentro de casa, era a vontade de mudar minha vida. De colocar tudo em movimento.
Agora estou aqui, sentada na minha super-hiper-mega cadeira anatômica, dando forma ao meu escritório, enchendo as almofadas das cadeiras da sala com espuma, dando uma ajeitada geral.
Ainda faltam terminar algumas coisas, iniciar outras, até que a casa fique ajeitadinha. Não será nada "ó que casa mais bem decorada, vale uma foto para a Casa & Jardim". Mas, pelo menos não vai ficar com cara de pano de chão.
Assim estou eu...comprei umas roupinhas novas, ganhei outras do meu namorado, que tenho que confessar, tem um saco de Jó, para me aguentar. Estou reavaliando algumas coisas na minha vida e tomando algumas atitudes para mudá-las.
Não sei muito bem onde tudo isso vai dar, porque reformas dão trabalho, fazem sujeira, gastam nosso dinheiro, mas quando a gente terminar, tudo fica tão lindo, que a gente para no meio da casa e fica horas olhando tudo por horas a fio...
Também não sei se vou conseguir mudar em mim e na minha vida as coisas que tenho que mudar, mas como diz minha terapeuta, parafraseando Freud: "às vezes um charuto, é apenas um charuto".
E viva a reforma!