domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Plano B

Há alguns meses atrás, meu ex veio até a minha casa me mostrar suas duas novas conquistas: um Focus zero quilômetro e a casa nova, de 250m2. Fiquei feliz por ele. Não foi um bom companheiro, mas é um cara muito trabalhador e excelente profissional no que faz. Merece estas conquistas.
Está namorando uma morena linda, no estilo Sheila Carvalho, do “É o Tchan”. Parceira, simpática e segundo ele, uma pessoa que transmite muita tranqüilidade. Pudera, né ? Ela aceita todas as puladas de cerca dele, perdoa e convive com isso. Ela já está na fase de cheirar as roupas, vasculhar o celular, contar as camisinhas e ficar farejando vestígios dentro de casa, quando ela passa o final de semana com ele. Triste fase. Tatuou o nome dele no pé. Coitada, a cicatriz está ali, para sempre. Podia ter tatuado uma borboleta, uma joaninha, uma estrelinha, fadinha, sei lá o quê, mas não, a morena maravilhosa, tatuou o nome do homem por quem é apaixonada, no pé, para ficar bem visível aos olhos alheios. Tomara que ela nunca tenha que preencher o nome do de cujos com algum desenho, para disfarçar a bobagem que fez.  Ele, continua traindo-a cada vez mais, uma vez que ela é condescendente com isso. No estilo pagar um taxi para a mulher com quem passou a noite, enquanto a dita cuja pula a janela do quarto dele. Só não me perguntem como eu sei disso: segredo de estado.
Podemos imaginar  porque os casais brigam 312 vezes ao ano, porque a sensibilidade de paquiderme e  o rolo do papel higiênico não trocado, influenciam tanto  na estabilidade das relações, e já se pode providenciar o divórcio pela internet, rapidinho.
Claro que meu ex não é a regra.
E aí, me vejo incentivando as amigas e sou apoiada por outras, na teoria de ter sempre um plano B. É difícil de entender porque acabo (ou acabamos) tendo um  plano B, justamente o plano B que tanto criticamos nos homens.
Até porque, o plano B diverte e às vezes, até mantém relacionamentos, teoria defendida pela minha manicure.
Minha manicure é 20 anos mais jovem que o marido, e quando perguntei a ela se a diferença de idade não influenciava a relação, ela respondeu: “Influencia sim, é difícil, por isso eu tenho um amante.”
Cruel esta declaração, mas realista. O plano B torna as coisas menos difíceis.
Mas não estou falando somente de traição. O plano B não pode ser definido de uma forma tão vulgar e simplória. Ele tem um conceito bem mais profundo e mais prático do que traição. O plano B envolve estratégias de como gerenciar uma relação, situações das quais queremos fugir ou dar um jeitinho de evitar.
E tu, tens um plano B  ?