sexta-feira, 4 de setembro de 2009

M-O-V-I-M-E-N-T-O



Uma amiga me perguntou hoje à tarde se não havia nada de novo no Blog (a Rê ainda não tinha postado o texto do pão...). Gente, não sei se ter “algo de novo” é sempre bom.

Costumo brincar com minhas amigas que precisamos de m-o-v-i-m-e-n-t-o nas nossas vidas. Mas nem sempre “m-o-v-i-m-e-n-t-a-m-o-s” as situações certas, as discussões certas, as pessoas certas, os empregos certos, a profissão certa, as festas certas, os amigos certos, os amores certos, a manicure certa (tive uma péssima experiência neste tipo de movimento).

Às vezes eu tenho umas três ou quatro coisas novas sendo m-o-v-i-m-e-n-t-a-d-a-s ao mesmo tempo na minha vida, no meu dia-a-dia, me fazendo perder tempo e energia (e às vezes dinheiro) , porque não vão resultar em nada. E aí, me vejo freqüentemente com aquela vontade de me entocar em casa e não me m-o-v-i-m-e-n-t-a-r de jeito nenhum. Para nada, por ninguém. Coisa boa...E olha que é difícil eu negar fogo a qualquer tipo de m-o-v-i-m-e-n-t-o; estou sempre ali, pronta para tudo.

O lance legal deste blog é que nenhuma de nós seis é igual a outra. Somos todas completamente diferentes... a Re gosta dos animais em seus habitats, eu gosto de animais no meu habitat, gosta de casquinha do pão, eu não como pão branco, fulana só gosta de vinho branco, eu gosto de vinho, siclana tem paciência, eu não... Tenho amigas queridas (e cabe aqui uma breve homenagem a elas) que não fazem parte do blog, que também são completamente diferentes de mim, mas que estão sempre presentes na minha vida. E sabe o que ? Nós nos divertirmos “horrores”, sempre em busca de algo novo, de m-o-v-i-m-e-n-to!!!

Eu não gosto do miolo!!


Recebi hoje um e-mail que dizia mais ou menos assim: “Era uma vez um casal tomando café da manhã no dia de suas bodas de prata. A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo. Ela pensou ‘sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo, hoje quis satisfazer meu desejo e acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida’. Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse: ‘muito obrigado por este presente, meu amor... durante 25 anos desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir”
Assim como Seu Chico, esse pequeno conto dá um caldo... Mas só vou escrever sobre a maldita ou bendita arte de se expressar ... Sempre achei que a boa e eficiente comunicação é a chave para o sucesso dos relacionamentos de qualquer natureza. Dizer o que se gosta, o que não se gosta, o que incomoda e o que satisfaz deveria ser a regra em todas as famílias, em todos os casais e em todos os grupos de amigos! Mas a historinha retrata justamente o contrário!!!! Afinal, um casamento durou 25 anos sem que uma pessoa soubesse que a outra gostava da casca do pão (eu tb gosto da casca do pão) !!!! Ainda bem que há uma grande chance desse conto ser apenas fruto da imaginação de um psicologo e que na vida real ainda vale a regra de desenvolver a arte de nos expressar... Imaginamos um jovem casal... quantas coisas que devem ser definidas: lado da cama, itens da geladeira, dormir com a tv ligada no sleep, acordar cedo, almoço de domingo na casa da sogra, cachorro, gato ou periquito, até o tamanho do biquini da mulher pode ser objeto de discussão!!! e se não tiver comunicação??? as pessoas não vêm com manual de instruções, seja verbalmente ou seja por escrito, as pessoas terão que se expressar!!! Não parece uma questão de sobrevivência???? Pois bem... eu não como mocotó nem moela, já tive alergia a camarão, durmo com a tv ligada no sleep, opto pelos animas em seus habitats!!!! Ah... e outra coisa importante... devemos nos certificar que a outra pessoa entendeu o que dissemos (mas isso é assunto para um outro post)... bj bj