quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Necessaire

Cris, assim como suas amigas, já tinha passado por “poucas e boas” com o sexo oposto. Cada história que fariam os episódios de “Sex and the city” parecerem contos de Hans Christian Andersen.
Nas jantas que faziam toda sexta-feira à noite e onde cozinhavam pratos deliciosos para acompanhar o bate-papo, o assunto girava sempre em torno do mesmo tema: as histórias absurdas e hilárias que os homens protagonizavam.
Riam, divertiam-se com a própria desgraça, com o próprio fracasso e acabavam tirando de letra as situações frustrantes que viveram.
Traição ? Cada uma tinha uma teoria, aceitando, negando, negociando. Inaceitável!
Mentiras ? Davam risada da comicidade das desculpas esfarrapadas que escutavam e que também inventavam para se livrar dos tipinhos “sem noção” que apareciam.
Todo mês  uma delas que tinha uma história diferente para contar.
Mas, agora Cris estava praticamente casada, pois estava vivendo há dois anos com seu namorado. Alto, moreno, forte, sorriso sedutor, simpático e divertido, ele também era bem sucedido em sua profissão. Perfeito ??? Naaaah...baita salafra! Cris sabia das puladas de cerca que ele tinha dado em seus relacionamentos anteriores e no quanto as “ex” tinham sofrido.
E ela ? Ah, ela era linda: morena, de estatura média, corpo de violão, olhos castanhos, cabelos escuros e ondulados, totalmente apaixonada por ele. Chegou a tatuar o nome do cara no dorso do pé. Baita mancada, sem falar na dor insuportável que ela deve ter sentido.
Quando fizerem um ano de namoro, ela foi buscá-lo no aeroporto, depois de uma viagem de trabalho. Enfeitou o carro com rosas, providenciou balde com gelo, taças e o melhor espumante que existia, comprou lingerie nova e por cima, vestiu somente um casaco longo e preto. Noite de comemoração perfeita.
Ele viajava seguidamente e suas viagens eram de cinco a quinze dias de duração. Ela, super companheira, fazia questão de arrumar a mala do namorado.
Atenciosa e caprichosa, ajeitava tudo dentro da mala com perfeição e carinho; sem esquecer da nécessaire, onde bem ao lado do xampu, creme de barbear e desodorante, ela pessoalmente, ajeitava a pilha de camisinhas. Uma para cada dia da viagem que ele ficaria longe dela.

domingo, 23 de maio de 2010

Essa é velha, mas é boa...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Validade: vencida

Minhas fases sempre duraram pouco tempo. 
Gostava do Menudo, fui no show deles, mas meses depois, já estava enjoada.
Já fui dark, tinha um guarda-roupa todo preto, parecia que estava sempre com a mesma roupa. Tinha coturninho Commander, preto. Um belo dia, enchi o saco, botei todas as roupas abaixo e tive que comprar roupas coloridas.
Já passei pela fase de me maquiar. Tinha uma amiga petista, que ia para a escola com a camiseta do Che e se maquiava bastante. Ela era minha “ídala”, e eu comecei a me maquiar também. Durou 6 meses.
Já tive cabelo preto azulado, vermelho beterraba, aloirado, vermelho de novo e por aí vai.
Todas minhas fases sempre duraram pouco tempo, porque tudo tem um prazo de validade.
A gente vai no super e escolhe os produtos (teoricamente) sempre prestando atenção no prazo de validade deles.
Relacionamentos têm prazo de validade. Primeiro, aquela paixão arrebatadora, de se comer por inteiro; depois vem a fase da parceria, e depois, com o tempo, a da amizade.
Empregos têm prazo de validade. Começamos a trabalhar no novo emprego, empolgadíssimos, empenhados, vestindo a camiseta. Aí, começam os problemas na corporação, os engessamentos em função da burocracia, a burrice aguda do chefe que se acha a última coca-cola do mundo e se tu não for uma pessoa acomodada, inevitavelmente, tu acaba voltando pro mercado e procurando outro emprego.
Não adianta querer fazer tudo ao mesmo tempo e prá sempre, se “agora” não é mais o mesmo momento de “ontem”. Tudo se movimenta, tudo muda, e temos que estabelecer prioridades.
É o que estou fazendo agora, tendo que abrir mão de coisas que gosto de fazer, porque simplesmente, não tenho mais tempo de respirar.
Dá uma “dorzinha”, mas também, uma sensação de alívio, de casa organizada, ou organizando-se aos poucos.
E segue o baile, né ?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pra ti eu tiro o chapéu!!! Salve Raul Gil!!!

Pra certas pessoas eu digo: mestreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!
E fico de joelhos, é claro!!!

Beta e Gastão, nomes fictícios das pessoas envolvidas.
Inspirados nas duas tartarugas que eu tive.
Quando uma delas morreu, não sabia se era a Beta ou o Gastão.
Bom, mas minha Beta não tem nada de tartaruga.
Beta tinha um namorado que a enchia de mimos e declarações de amor por mail.
Beta, lá pelas tantas percebeu que Gastão tinha um tipo de “lanchinho fora de casa”
Apesar das declarações apaixonadas.
Mas Beta tinha uma amiga que vivia num condomínio e que sem querer soube que o(a) lanchinho morava também ali. Mundo ovo este!!!
Pois Beta marcou jantinha em restaurante e sobremesa em local que menor não entra e não serve pra dormir com Gastão.
Tiveram jantar maravilhoso e noite de amor especial.
Beta resolveu ligar pra amiga pra dizer: “To indo aí e abre a porta do condomínio.”
Beta entrou sem problema algum, mas não foi no ap da amiga e sim da do lanchinho(a).
Surpreendentemente Gastão abre a porta de pijaminha e pantufinha.
Beta adentra e dá pro lanchinho(a) cópia dos mails apaixonados e o folder do Motel de que acabara de sair.
A cena deve ter sido hilária, Gastão correndo atrás de Beta tentando dizer que não é nada do que tu ta pensando!!! (Eu imagino!!!!)
Melhor de tudo é que Gastão entrou no carro de Beta tentando explicar o inexplicável, de pijama e pantufa, sem carteira de dinheiro, tampouco celular.
Beta saiu em direção a sua cidade e disse: “última vez que te aviso, estou indo embora pra Nova Divinéia (outra cidade que eu criei). Então:salta aqui ou vai até lá.”
Decidiu saltar!!! Até hoje não sabemos como voltou pro condômino.
Mas ela, entre nós, vamos combinar; é MESTRAAAAA!!!!
Bj bj
Gabi