sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vem chegando o Ano Novo


Hoje é o último dia do ano e, novamente, a internet e revistas publicam textos que nos ensinam a fazer listas das coisas que gostaríamos de fazer diferente no "ano que vai nascer".
Sempre enumero algumas coisas mentalmente e, também mentalmente, juro a mim mesma que vou cumprir uma a uma. Lógico que isso não acontece e lógico que até esqueço algumas promessas que fiz. Mas não me importo com isso, e sim, me preocupo em viver.
Conheci um cara que traçou metas para ele ao longo da vida: ao 25 anos queria estar formado, aos 30 anos queria ter um filho, em tal data não sei o quê. E, se porventura, alguma coisa saía fora do que ele tinha programado, POW! , tiro no obstáculo, e vamos adiante.
Por um lado, é muito legal toda essa persistência e concentração nos objetivos; mas, também é muito ruim não ter jogo de cintura e não saber lidar com as alterações de trajeto, até porque, nem todas estas alterações são ruins, e é muito bom saber lidar com elas, sabendo viver.
Ele não faz as coisas porque gosta, não sente o que realmente quer sentir, mas faz o que é certo fazer e sente o que é certo sentir. Enfim, tenho pena dele, quando penso que ele não consegue libertar os sentimentos, só toma sorvete com a colherinha e não se lambuza nunca, só come pãozinho de queijo com guardanapo para não queimar as mãos. Se é que tu me entendes....

Seja feliz em 2011! Movimenta tua vida e as energias, troca as coisas de lugar na tua casa, cola o que está quebrado, conserta o que está estragado, compra coisas novas para tua casa, compra compra um presente para ti! Te afasta de pessoas que te deixam deprimido, que sugam tua energia, que não agregam valor à tua vida e valoriza as pessoas que ficam alegres quando tu estás alegre, e que te dão um ombro amigo, quando tu estás triste. Preserva teus amigos, liga para eles para contar as novidades, e se não houver nenhuma, pergunta a eles como estão, senta num boteco com eles para falar muita bobagem. Cuida da tua família e a ame incondicionalmente, como um leão. Te livra das relações que não te fazem bem, joga no lixo as coisas ruins, e procura te relacionar com quem te faça rir e cuide de ti.

É assim que tento seguir, desde 2006. Não é fácil não, e confesso, existem coisas que ainda preciso aprimorar , mas tenho certeza que com o tempo, eu consigo. É como um alcóolatra que fica um dia sem beber, depois outro e outro...


Na minha lista de "things to do in 2011" , tenho dois desejos somente: 
1) ser feliz, com direito a tudo o que há de bom: saúde, dinheiro, amor, amigos, alegrias, etc.
2) vacinar criancinhas doentes no Cambodja ou desvermifugar pinguins no Alaska,  no próximo Natal.

Feliz Ano Novo !!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Já me acostumei a não ter um Natal dentro dos padrões de pessoas normais. Normais assim, com casa decorada por dentro e por fora, ceia de Natal à meia-noite, no dia 24, com direito a peru decorado com fios de ovos (embora eu não goste), pacotes de presentes ao pé de uma árvore de Natal cheia de bolinhas e luzinhas coloridas, tio bebum enrolando a língua, mãe estressada... Estas coisas, de família normal.
Nosso Natal deixou de ser normal quando eu e minha irmã começamos a namorar. Meu pai, muçulmano e minha mãe católica fajuta, nunca se importaram em fazer a ceia de Natal alguns dias antes do dia 24, para que eu e minha irmã pudéssemos passar a ceia do dia 24 com os pais dos nossos namorados. Eu, nunca fiz isso; eram os namorados que vinham até a minha casa, na noite sagrada. Quando casei, fazíamos a ceia dia 22 ou 23, para que meu companheiro pudesse participar, ou então, no dia 24, cada um passava com a sua família e depois nos encontrávamos. 
Sempre comemorávamos o Natal antes do dia 24, e houve uma noite, que enquanto as famílias estavam reunidas ao redor do pinheirinho, com a mesa decorada e farta, eu passeava sozinha com meus cachorros pela cidade.
Decidi que não comemoraria mais a noite de Natal antes da data certa e que, se fosse necessário, eu mesma assaria um peru e decoraria o bicho com fios de ovos (blérc) para comer sozinha. Faria pinheirinho, colocaria presentes ao pé da arvorezinha, para mim e brindaria com meus cuscos.
Mas não adianta, este ano vai ser a mesma coisa... Namorado morando há 50km de distância, vou passar o Natal com a minha família, e ele com a dele. Vai ser um saco, aquela mesmíssima coisa de amigo secreto entre seis pessoas, onde minha mãe sabe quem é o amigo secreto de todo mundo. Ninguém querendo tirar a minha avó peste como amiga secreta, pois passa a noite inteira com cara de “lâmpada” e dá uns presentes muito fajutos, e a noite terminando no máximo 1h. Até tentamos juntar as famílias (minha e do namorado), mas minha sogra queria incluir familiares que não estavam no pacote, então desistimos. Juntos, vamos comemorar dia 25, com um almoço só com as nossas famílias. 
Ele, todo querido, querendo me agradar, porque sabe que eu gosto de arvorezinhas, luzinhas, papai noeizinhos, etc, disse:
“-Amor, este ano vamos montar uma árvore do Natal, decorar a casa e o jardim com luzes e enfeites, do jeito que tu gostas.”
“-Desiste Fe, há três Natais atrás, o Barthô matou cinco papai noeizinhos de janela, o Checha comeu as bolinhas da árvore, e juntos, eles mijaram nos presentes. Sem falar que meu tio e meu pai deram um porre de champagne neles, e o Checha dormiu de pinto prá cima no sofá, roncando feito um porco. O Kako, lógico, passou o tempo todo rosnando...Vamos planejar nosso Ano Novo que é mais fácil.”

 Feliz Natal! Ho, ho, ho!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Malú

Termino a noite desta quinta-feira, contando a história de Maria Luísa. Parte de sua história, claro, porque Maria Luísa é digna de um livro, escrito por alguém que escreva muito melhor do que eu.
Malú era ruiva, tinha cabelos longos e crespos, corpo cheio de curvas, aquelas que deixam os homens loucos e que, nós mulheres, sabemos exatamente como e quando usá-las. Casou com Gustavo, amigo de um amigo, que conheceu durante a faculdade. Gustavo formou-se com distinção em Engenharia Civil, enquanto ela, largou o curso para fazer Jornalismo.
Malú era inteligente, divertida, sarcástica. Não era muito intelectualizada, mas era esperta e aprendia tudo muito rápido. Tinha um pique digno de um cavalo de corrida e coitado de quem não a acompanhasse seu raciocínio e seu vai-e-vém. Ela gostava de m-o-v-i-m-e-n-t-o: adorava trabalhar, passear, viajar, dançar, cantar, e tantas outras coisas terminadas em “ar” ou “er”...
Gustavo, no mais alto estilo nerd, era um cara legal, boa pinta, boa gente, boa companhia, bom amigo, bom filho, bom marido e tantos outros adjetivos que o definem como bonzinho em alguma coisa. Adorava Malú e fazia tudo por ela.
Durante os nove anos em que estavam casados, não havia um dia que ele não tivesse feito as vontades de Malú e não tivesse sucumbido a um pedido seu.
Ela retribuía, sendo uma mulher “boa” em muitas coisas e assim, ele vivia feliz.
Malú intercalava seções de noticiário nacional e internacional com literatura dos mais diversos gêneros, para redigir suas matérias. Adorava os pocket books, práticos e gostosos de ler e na cabeceira de sua cama, estava “Delta de Vênus” de Anaïs Nin (escritora francesa, nascida em 1903 e bastante polêmica, pois escrevia com base em seus diários, recheados por suas experiências sexuais); já pela metade, devorado com gosto.
Sentada no pufe em frente ao espelho do quarto, toalha enrolada no corpo, Malú escovava o cabelo, preparando-se para dormir. Passavam da uma hora da madrugada de sábado, ela e Gustavo haviam recém chegado de uma janta com amigos, e ele, já estava dormindo.  Malú observava o sono tranqüilo de Gustavo, ele não roncava, não ressonava, não emitia um ruído. Era um homem tranqüilo e perfeito em seu sono profundo.
Ao contrário dela, que sonhava mil coisas durante a noite, rolava de um lado para o outro, roubava as cobertas dele e ria enquanto dormia.
Era feliz com Gustavo, pois ele era um marido perfeito. Não tinham filhos e em comum acordo não pretendiam ter, eram bem sucedidos em suas profissões, ganhavam o suficiente para viajar nas férias e ter uma vida razoável.
Mas faltava alguma coisa. Talvez faltasse um pouco de Anaïs Nin na vida de Maria Luísa.
- Gustavo ? Amor, tá acordado ?
Gustavo não se mexia.
- Amooo-ooor... – sussurrou baixinho.
Nada.
Então, abriu o guarda-roupa e tirou um vestido preto que adorava, aquele pretinho básico que todas nós temos, ou deveríamos ter dentro do armário, e que fica maravilhosamente bem em nosso corpo, dispensando qualquer acessório mais sofisticado. Scarpin preto, gargantilha de ouro branco com um ônix enorme como pingente, brincos combinando. Maquiagem leve, ressaltando os olhos, cabelos soltos.
Foi assim que Malú saiu de casa, dirigindo seu carro em direção à cidade vizinha.
Quando chegou ao local, pensou em Gustavo e em voltar para casa; mas quando viu a rua cheia de carros e os dois seguranças em frente à porta, estacionou.
Em seguida, um dos seguranças veio abrir a porta do carro e ajudou-a a sair, conduzindo-a até a entrada do prédio. Seu colega abriu a enorme porta de ferro preta para ela, levando-a até a recepção. Deixou-a lá, imóvel, diante da segunda porta, igualmente preta e exatamente igual à porta do sonho que havia tido há uns dias atrás.
Respirou fundo, ajeitou os cabelos e o vestido, empurrou a pesada porta e foi em direção a um pedacinho do mundo de Anaïs Nin.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Secretária Eletrônica

“Por favor, deixe seu recado”
Sinto falta de ti.
De sentir teu cheiro, quando tu entravas pela porta e fazia meu coração acelerar.
Sinto falta dos nossos códigos secretos, que nos ajudavam a sair à francesa, de situações difíceis e nos provocavam risadas intermináveis.
Sinto falta dos assuntos em comum, das mesmas paixões, do bate-papo à noite, depois do trabalho.
Sinto falta de deitar na cama e sentir no teu abraço, que eu estava segura, protegida de tudo. Seja lá o que este “tudo” significar.
Não é bem de ti que sinto falta. É de tudo isso que vivi contigo. Das coisas boas, logicamente, porque se não fossem as ruins, ainda estaríamos juntos. Sinto falta de...
“Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Louca Varrida

Puxei o teclado antigo do meu PC e conectei no note, para atender ao pedido de alguns amigos, que me cobraram que não escrevo mais aqui.
O teclado está meio esbranquiçado, cheio de pó, nem sei mais usá-lo direito; mas tive vontade de escrever e resolvi utilizá-lo.
Na verdade, tenho vontade de escrever há meses, mas me falta tempo, assunto, e tenho medo de escrever só por escrever, porque não quero decepcionar os amigos mais críticos e mais letrados. Acho que quando eu era solteira, tinha mais inspiração, mais histórias para contar e divertir todo mundo. A vida de solteiro é mais divertida, né ? Mais ilimitada. Tenho saudades, mas estou namorando uma pessoa muito especial, que me adora, me respeita e me aguenta, principalmente. Às vezes, eu falho com ele. É, sei lá, acho que foi tudo o que eu já vivi que me fez mais intolerante, menos dedicada, menos todas as coisas boas e mais todas as coisas ruins. Coitado. Mas juro que reconheço isso e dou o meu melhor.
Mas não é sobre isso que eu estou querendo escrever... Me deu vontade de falar daquele sentimento que a gente sente quando tem tudo, mas acha que está faltando algo.
É, é isso que estou sentindo.
Desejei um emprego onde eu ganhasse mais, pudesse trabalhar de casa, fazer os meus horários, e obviamente, ter expectativas profissionais. Consegui este emprego há um ano atrás.
Hoje, ganho e gasto mais, porque investi em um carro melhor, trabalho alguns dias de casa, passo mais tempo com meus cachorros, que amo, tenho liberdade para fazer manicure e depilação na hora que eu quiser, terminar o expediente quando eu decidir, tenho meu trabalho reconhecido por meus clientes, o maior volume de movimentação de embarques no escritório é meu (embora não estejam me pagando parte das comissões, mas isso é outro capitulo); mas falta algo.
Não sei, não me faça perguntas difíceis, não sei o que falta.
Talvez seja porque desde a minha contratação foi tudo meio confuso e perdi o encanto. Ou talvez seja o meu desejo de ser esposa de homem rico, que está cada vez mais aflorado... Não sei.
Já fiz um exercício que uma terapeuta me ensinou: "pensa no primeiro sentimento ou palavra que vier à tua cabeça para definir esta situação"; e PAIXÃO, foi a palavra que apareceu.
Eu sou movida à paixão, em tudo. E está faltando paixão no meu trabalho.
Na real, preciso estar encantada sempre. Se algo não me encanta, enjôo. Sou chata, eu sei, muito chata. Uma louca varrida, como um amigo acaba de me chamar no MSN.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem são os 54%??!!


Eleições 2010. Demoradaaaaaaa......
06 votos ao mesmo tempo: Dep. Estadual, Federal, Senador, Senador, Governador e Presidente.
Governo Estadual: Tarso, Fogaça e Yeda.
Não sei se só eu tenho esta sensação: quem são os 54% que votaram no Tarso e o elegeram em 1º. Turno??
A única amiga que me disse que votaria no Tarso é a Fabi-Bruxa e a Ka confidenciou seu voto em branco (sei que é um absurdo!!! mas convence a Ka disso!!!)
Com todas as outras que falei ninguém votou no Tarso. E aí quem é esse povo??!!
Putz, acho que desaprendi quem é o RS...
Sei não. Sei nada.
Infelizmente sei que quando se elege TIRIRICA com mais de 1 milhão e trezentos mil votos é que se percebe o quanto estamos descrentes.
Anete (colega de trabalho) me passou um mail com esta frase que resolvi copiar. Oportuna para o momento: "QUANDO ESCRITA EM CHINÊS, A PALAVRA CRISE ESTÁ COMPOSTA POR DOIS CARACTERES: UM REPRESENTA PERIGO. O OUTRO REPRESENTA OPORTUNIDADE!" (John Fritzgerald Kennedy)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quero comprar uma casa na praia

Hoje lembrei de um final de semana que passei em Garopaba, há anos atrás, com um ex-namorado, e quando conhecemos um senhor que nos fez pensar a respeito das coisas da vida.
Era um ex-gerente de um banco privado de Porto Alegre, que resolveu largar uma vida classe média alta na capital, para ter uma mini-pousada na praia da Gamboa, e paz de espírito. Ele nos contou que depois de muitas noites mal dormidas, que nunca pagaram o alto salário que ganhava, e uma conversa séria com a esposa; pediu demissão no banco, juntou as reservas que tinha e construiu quatro casas pequenas para aluguel, em um terreno quase na beira do mar.
Hoje lembrei dele, quando ele comentou que não trocava por nada no mundo, a vida tranqüila que levava.
Hoje lembrei dele, quando me perguntei por que raios a gente se estressa tanto e perde noites de sono por causa de coisas materiais.
Quem tem dinheiro, não dorme direito, porque se preocupa em não baixar o padrão de vida. Quem não tem dinheiro, não dorme direito, porque se preocupa em como irá pagar as contas.
Sempre me orgulhei de nunca ter me arrependido de nenhuma atitude tomada, mesmo as mais inconseqüentes; mas em função de uma série de acontecimentos nos últimos meses, tenho contestado fortemente, uma escolha que fiz. Tenho evitado sentir que estou arrependida, mas quando as coisas ruins se sobrepõe às boas, o sentimento de arrependimento chega e acaba sendo inevitável.
A saída é ir à luta e mudar tudo de novo. E nisso, eu sou expert.
Às vezes, me pego invejando as mulheres da época da minha mãe e da minha avó: mulheres que eram educadas para casar, ser sustentadas e protegidas pelos maridos. Aí, o leitor (se houver um) vai dizer: “Ah, mas eram mulheres submissas e dependentes, não tinham liberdade para agir e pensar.” Será que somos tão auto-suficientes, livres e independentes assim ? 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Alguém me explica, por favor ?



Há uns dias atrás, uma amiga foi a um barzinho super badalado aqui de Porto Alegre. O NY ferve às terças e quintas, quando a faixa etária é acima dos trintas anos e bem interessante. Pois ela saiu em uma quinta-feira fria do inverno gaúcho. É muita vontade de sair, mas quando se está desacompanhada, vale tudo.
- Ka, tinha muito homem bonito, mas principalmente, mulheres bonitas. Lindas, bem arrumadas, elegantes, com cara de inteligentes. E tu acredita ? Todas sozinhas. Os caras passavam por elas, falavam aquelas bobagens no ouvido, mas atitude que era bom, não tomavam.

Uma outra amiga estava se relacionando com um cara bem legal, até alguns dias atrás. O lance prometia, o cara era inteligente, com uma profissão mega intelecto, cheio de atributos, sabia dançar, e... conversar. E não foi o primeiro com quem ela se relacionou nos últimos dois anos. Mas, como os outros, puuuuuf!, ele evaporou. E ela ali, se empenhando, fazendo terapia, tentando ser uma mocinha legal, querida, tolerante e cor-de-rosa. Até coisas que ela detestava, ela resolveu comer, só para tentar ser uma pessoa melhor.

Sinceramente, não entendo... Eu tinha uma teoria de que homem tem medo de mulher inteligente, independente e bonita. Mas sei lá, será que é isso mesmo ? Será que homem não tem medo dele próprio? Quer coisa melhor do que uma mulher independente e bem resolvida ? Não pega no pé, não liga a cada 5 minutos, respeita os momentos com amigos, com filhos, tem seu dinheiro, pode até fazer um mimo e pagar a conta do restaurante, mora sozinha, toma iniciativa para programas legais, estabelece prazos de validade para a convivência com a família, viaja, é objetiva, etc e tal...

Aliás, não será esse o nosso problema ? Ser objetiva e prática demais? Talvez ...
Ano passado viajei para Curitiba, onde fui visitar uns amigos e no aeroporto enquanto esperava ser chamada para embarcar, atrás de mim, dois amigos conversavam. Um reclamava para o outro que não agüentava mais a namorada, que ela ligava a cada meia hora, que pegava no pé e um horror de coisas a mais. O amigo, complacente e bom ouvinte, perguntou para ele, por que ele continuava com a guria, se não agüentava mais as atitudes sufocantes dela. Eu mesma, por pouco não virei para trás e sugeri a ele que terminasse o namoro.
Homens se sentem mais confortáveis em relações com mulheres inseguras, neuróticas e dependentes. Ah, não ? Estou errada ? Ok, eu sou flexível... Prove!

Nós, mulheres já tentamos várias explicações, mudamos as atitudes, a roupa, baixamos a voz, toleramos filhos de ex, suavizamos os movimentos, usamos cores mais claras, maquiagem mais leve, perfumes menos marcantes, saltos mais baixos, já bebemos cerveja ao invés de champagne para não inibir os muchachos nos barzinhos, mas de nada adiantou: eles não tomam a iniciativa. E continuam reclamando que não tem mulher legal para namorar no mercado...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Alguém desliga a chuva, por favor ?

O incontestável descontentamento do ser humano

Manhã ensolarada e fria de julho, dois vizinhos conversam no portão de suas casas:
- E aí, vizinho ?
- Bom dia, vizinho... Tudo bem com o senhor ?
- Olha, fora o frio, tudo bem.
- É, ta frio mesmo... dizem que este ano teremos o inverno mais frio que o do ano passado.
- É verdade, ouvi isso no noticiário. Não suporto frio.
- Eu também não.

Tarde de sol poente em dezembro, dois vizinhos conversam no portão de suas casas:
- E aí, vizinho ? Tudo bem com o senhor ?
- Tudo vizinho, fora o calor insuportável, tudo bem.
- Bah, nem me fala, trabalhar na rua com este calor, é massacrante.
- É verdade. Ouvi no noticiário que esse verão vai ser de lascar, dos infernos, literalmente.
- É, também ouvi isso. Não suporto calor.
- Nem eu.

Vai entender....

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando o manual não acompanha...

Dentre tantos benefícios que a internet trouxe, tem um que eu acho especialmente útil: encontramos em menos de 5 minutos todo o tipo de manual de instruções.
Como não existe perfeição, há um manual inexistente na internet: o do "lanchinho" novo.
Melhor definir "lanchinho" antes de iniciar o assunto: "lanchinho" é a pessoa que escolhemos para compartilhar momentos prazeirosos. Ainda não é um namorado e ainda não contratamos o "buffet" do casamento.
Então chega o dia em que estamos frente a frente com o lanchinho novo. Pode ser um colega de aula ou do trabalho, alguém que conhecemos na noite ou na internet, não importa como nossos caminhos se cruzaram, os primeiros encontros serão sempre de reconhecimento do "campinho" (adoro diminutivos).
"É aí que eu me refiro" (ouvi isso numa propaganda)... os primeiros encontros são de suma importância, de forma que cada um deve ter em mãos o seu manual de instruções!!!
O "ter em mãos" é num plano abstrato, não significa entregar pro lanchinho "Como entender Rê-natinha em 100 lições" encadernado numa capa lilás com gliter, significa de cara mostrar para o "lanchinho" pelo menos cinco das suas regras básicas.
Todo mundo tem, pelo menos, 5 regras básicas! E porquê isso é importante??? Porque o lanchinho pode cometer um pecado mortal e colocar tudo por água abaixo.
Aconteceu comigo e vou contar: uma vez levei um "lanchinho" pro aniversário da minha prima, era um pagodinho pros amigos! Detalhe: o lanchinho ODIAVA pagode. Não era um odiava em letras minúsculas, era ODIAVA em caixa alta vermelho piscante. Depois da festinha, fomos ao Mc Donalds e no meio do meu Big Mac ele disse que nós não tínhamos muitas coisas em comum e que era melhor nós nos afastarmos, mas que eu era muito legal e merecia um integrante da "Inimigos da HP" ou do "Exaltasamba".
Se eu soubesse que para ele pandeiro e tantan eram pecados mortais nunca o teria convidado para o evento! Talvez, se eu tivesse recebido o manual, estivéssemos hoje casados, com filhos e ouvindo música nativista todos os dias!
Hoje em dia já não cometo o mesmo erro.
Já me apresento: me chamo Rê-natinha; não como mondongo, língua e moela; escovo os dentes tomando banho; escuto estações de rádio de notícias mais do que as que só tocam músicas; não gosto de guardar as roupas no armário; a tolha de banho tem que estar sempre seca; não mande em mim, convença-me com carinho; e, por fim, conversar resolve problemas, pois cara feia é fome!
Se manuais funcionam ou não, difícil responder, pois talvez a única coisa que seja determinante para uma relação feliz é o diálogo!
Mas o diálogo verdadeiro: eu penso assim, assado e fritado. E você, lanchinho?? O que você pensa? o que você quer? o que você deseja? O que diz o seu manual????

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não vi a linha...


Onde é a linha divisória??? Linhas divisórias deveriam ser concretas, deveriam ter cor vermelho piscante ou uma sirene... de forma que quando ultrapassássemos, saberíamos que já estamos do outro lado...
Pois bem, no meu caso não teve linha em vermelho piscante, nem uma sirene que me avisasse, você é uma TIA!
Mas tia eu já sou, desde que Luise nasceu, há quase quatro anos.
Não, não é essa tia, é a TIA, uma outra que um dia chega a sua frente e toma conta do seu corpo, sem pedir licença, é claro!
Vou contar como encontrei com a TIA:
Almocei no Shopping, dia de semana, descendo a escada rolante um grupo de meninos, que não deveriam ter mais que 12 anos, estava alguns degraus acima...
Sabe aquelas coisas de guris que ficam se empurrando, foi assim, ficaram rindo e se empurrando enquanto a escada descia... Chegaram cada vez mais perto do meu degrau... E eu ali, em pé, esperando a escada chegar ao solo...
O empurra e empurra continua até que o menino que estava bem atrás de mim diz: "Ô meu, para de me empurrar, se tu quiser saber o telefone da TIA, é só pedir, mas não me empurra!"
Não tinha nenhuma outra pessoa na escada rolante... só eu e esses guris... me dei conta: "Tia?!?!?!?!? Que tia???? Só tem eu aqui!!!"
Tóin tóin tóin
TU ÉS A TIA!!!
Daí que me dei conta que tinha ultrapassado a linha... maldita linha imaginária... que nos mostra de supetão que a MINA virou TIA.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Seda Pura

Reencontraram-se, após vinte anos. Conheciam-se desde a adolescência, um era namorado do amigo do outro, tinham apenas um contato superficial.
A vida levou-os por caminhos diferentes, e depois de muitos anos, por circunstâncias da vida, cruzaram-se novamente; já adultos, com suas vidas atribuladas, responsabilidades, família, trabalho, contas a pagar, etc.
Descobriram ter muitas coisas em comum, conduziam a vida da mesma maneira, tinham os mesmos princípios, o mesmo gosto por algumas coisas e claro, envolveram-se. Não aquele envolvimento carnal, mas aquele envolvimento intelectual, emocional, o mais profundo (e complicado) deles.
Mas, outra vez  por circunstâncias da vida, separaram-se. Não era a hora de ficarem juntos, “um” tinha medo de encarar a nova fase com o outro, o “outro” tinha medo de arriscar-se por muito tempo e decepcionar-se novamente.
Assim, cada um seguiu seu caminho, como se nada tivesse acontecido entre eles, como se nunca tivessem pensado em ficar juntos. Seguiram, com aquela mágoa em relação à covardia, à resistência e a intolerância do outro.
A vida tem um senso de humor bastante sarcástico e novamente, por uma necessidade do dia-a-dia, “um” procurou o “outro”.
Trataram do assunto prático, trocaram idéias, e como sempre, ao final, já na porta de saída, as questões pendentes vieram à tona. De forma sutil, nas entrelinhas, é verdade; mas ambos eram inteligentes o bastante para saber do que estavam falando. “Um” disse para o “outro”, que se pudesse, voltaria no tempo e encerraria a fase de vida anterior naquela época, para com o “outro” recomeçar uma nova, pois ainda, sua vida permanecia na inércia, cheia de frustrações e desejos não realizados. O “outro”, bastante prático e sutilmente cruel, disse que lamentava a insistência de “um”, em manter-se infeliz. “Um”argumentou que era uma pessoa de valores e princípios e que quando estava em uma situação, levava-a até o fim, com comprometimento. O “outro”, repetidamente, mas principalmente prático, disse que “o fim” para “um” já havia acontecido há muito tempo, e que só ele, e apenas ele, não havia percebido ainda. E que ele, o “outro”, apesar dos seus defeitos e limitações, encarava a vida com coragem, sempre tentando um recomeço. A vida e as relações são como um tecido fino, seda pura. Um vestido rasgado, que mesmo depois de remendado, sua costura continuará aparecendo para sempre. 

terça-feira, 6 de julho de 2010

DES-COMPASSAR... DES-ESTRUTURAR... DES-MONTAR...




Parei neste findi pra pensar no prefixo “DES”.
DES é mais ou menos assim: uma situação confortável que depois de uma mexida, dá uma sacudida pra alinhar tudo de novo.
Então: meu findi foi DES-compassado.
Sou COMpassada porque meu ritmo é naturalmente escorpiano.
DES-compassada porque saí da zona de conforto pra areia movediça.
E nem imagina a mexida que isso dá.
Areia movediça porque fui numa Milonga.
Milonga, no meu caso, significa: Tango.
Tango, no meu caso, significa: região DES-conhecida, ignorada, ignota, incógnita e estranha, ou seja: saia justa total, vulnerabilidade a flor da pele.
Nesta pequena definição encontrei a melhor constatação: não precisa de música porque a afinação entre o casal é basicamente simétrica e, indiscutivelmente, perfeita.
Respiração COMpassada. E quando você acha que a dança vai começar não começa porque quem decide não é a mulher e sim quem esta te conduzindo, ou seja, o homem.
Não dancei nada. Nem me atreveria. Como boa escorpiana, sentindo-me completamente acuada e vulnerável, preferi observar.
Observar tanto que descobri que no Tango a mulher é mulher. Sem bandeiras, sem feminismos. E o homem... bom o homem é basicamente homem e sabe exatamente onde vai te levar.

bj bj

gabi

sábado, 19 de junho de 2010

Conversa de malucas!!!!!...


Mês de festas juninas!!!!
Ebaaaa!!!
Eu e a Rê, em homenagem ao mês, resolvemos falar em caipirezzzz....
Só uma palhinha da conversa:

Rê-natinha diz:
uai sô
Gabriela diz:
sisquici
de falar com uai sô
Rê-natinha diz:
i como q tava as reunião di onti?
num tinha di nada di cu~ê
ops di cumê
Gabriela diz:
uaiii cumadi... tinha nada di cumêee. só um montii di cumpadi discurrrsandio
Rê-natinha diz:
i a cumadi sabe qui ieu gosti do vice da Cumadi Yeda
Gabriela diz:
cumadi tu já sabe quem é o cumpadi??? modi de qui eu ainda não sei
Rê-natinha diz:
uai sô
nos diarios de hoje diz q é o cumpadi berfran
Gabriela diz:
cumadi!!! sabia não... mas iscutei onti que tavam namorando
Rê-natinha diz:
o otro, o tar de covatti, ieu num gostava mto não
Gabriela diz:
com esso nomi de cova num acho que era dos bom não
Rê-natinha diz:
devi di sê coisa de arma penada
Gabriela diz:
cumadi, vou postarrr no nosso brogg essa cunversa com o tirtulo: cunversa di malucas no meis das feistas juninas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Necessaire

Cris, assim como suas amigas, já tinha passado por “poucas e boas” com o sexo oposto. Cada história que fariam os episódios de “Sex and the city” parecerem contos de Hans Christian Andersen.
Nas jantas que faziam toda sexta-feira à noite e onde cozinhavam pratos deliciosos para acompanhar o bate-papo, o assunto girava sempre em torno do mesmo tema: as histórias absurdas e hilárias que os homens protagonizavam.
Riam, divertiam-se com a própria desgraça, com o próprio fracasso e acabavam tirando de letra as situações frustrantes que viveram.
Traição ? Cada uma tinha uma teoria, aceitando, negando, negociando. Inaceitável!
Mentiras ? Davam risada da comicidade das desculpas esfarrapadas que escutavam e que também inventavam para se livrar dos tipinhos “sem noção” que apareciam.
Todo mês  uma delas que tinha uma história diferente para contar.
Mas, agora Cris estava praticamente casada, pois estava vivendo há dois anos com seu namorado. Alto, moreno, forte, sorriso sedutor, simpático e divertido, ele também era bem sucedido em sua profissão. Perfeito ??? Naaaah...baita salafra! Cris sabia das puladas de cerca que ele tinha dado em seus relacionamentos anteriores e no quanto as “ex” tinham sofrido.
E ela ? Ah, ela era linda: morena, de estatura média, corpo de violão, olhos castanhos, cabelos escuros e ondulados, totalmente apaixonada por ele. Chegou a tatuar o nome do cara no dorso do pé. Baita mancada, sem falar na dor insuportável que ela deve ter sentido.
Quando fizerem um ano de namoro, ela foi buscá-lo no aeroporto, depois de uma viagem de trabalho. Enfeitou o carro com rosas, providenciou balde com gelo, taças e o melhor espumante que existia, comprou lingerie nova e por cima, vestiu somente um casaco longo e preto. Noite de comemoração perfeita.
Ele viajava seguidamente e suas viagens eram de cinco a quinze dias de duração. Ela, super companheira, fazia questão de arrumar a mala do namorado.
Atenciosa e caprichosa, ajeitava tudo dentro da mala com perfeição e carinho; sem esquecer da nécessaire, onde bem ao lado do xampu, creme de barbear e desodorante, ela pessoalmente, ajeitava a pilha de camisinhas. Uma para cada dia da viagem que ele ficaria longe dela.

domingo, 23 de maio de 2010

Essa é velha, mas é boa...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Validade: vencida

Minhas fases sempre duraram pouco tempo. 
Gostava do Menudo, fui no show deles, mas meses depois, já estava enjoada.
Já fui dark, tinha um guarda-roupa todo preto, parecia que estava sempre com a mesma roupa. Tinha coturninho Commander, preto. Um belo dia, enchi o saco, botei todas as roupas abaixo e tive que comprar roupas coloridas.
Já passei pela fase de me maquiar. Tinha uma amiga petista, que ia para a escola com a camiseta do Che e se maquiava bastante. Ela era minha “ídala”, e eu comecei a me maquiar também. Durou 6 meses.
Já tive cabelo preto azulado, vermelho beterraba, aloirado, vermelho de novo e por aí vai.
Todas minhas fases sempre duraram pouco tempo, porque tudo tem um prazo de validade.
A gente vai no super e escolhe os produtos (teoricamente) sempre prestando atenção no prazo de validade deles.
Relacionamentos têm prazo de validade. Primeiro, aquela paixão arrebatadora, de se comer por inteiro; depois vem a fase da parceria, e depois, com o tempo, a da amizade.
Empregos têm prazo de validade. Começamos a trabalhar no novo emprego, empolgadíssimos, empenhados, vestindo a camiseta. Aí, começam os problemas na corporação, os engessamentos em função da burocracia, a burrice aguda do chefe que se acha a última coca-cola do mundo e se tu não for uma pessoa acomodada, inevitavelmente, tu acaba voltando pro mercado e procurando outro emprego.
Não adianta querer fazer tudo ao mesmo tempo e prá sempre, se “agora” não é mais o mesmo momento de “ontem”. Tudo se movimenta, tudo muda, e temos que estabelecer prioridades.
É o que estou fazendo agora, tendo que abrir mão de coisas que gosto de fazer, porque simplesmente, não tenho mais tempo de respirar.
Dá uma “dorzinha”, mas também, uma sensação de alívio, de casa organizada, ou organizando-se aos poucos.
E segue o baile, né ?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pra ti eu tiro o chapéu!!! Salve Raul Gil!!!

Pra certas pessoas eu digo: mestreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!
E fico de joelhos, é claro!!!

Beta e Gastão, nomes fictícios das pessoas envolvidas.
Inspirados nas duas tartarugas que eu tive.
Quando uma delas morreu, não sabia se era a Beta ou o Gastão.
Bom, mas minha Beta não tem nada de tartaruga.
Beta tinha um namorado que a enchia de mimos e declarações de amor por mail.
Beta, lá pelas tantas percebeu que Gastão tinha um tipo de “lanchinho fora de casa”
Apesar das declarações apaixonadas.
Mas Beta tinha uma amiga que vivia num condomínio e que sem querer soube que o(a) lanchinho morava também ali. Mundo ovo este!!!
Pois Beta marcou jantinha em restaurante e sobremesa em local que menor não entra e não serve pra dormir com Gastão.
Tiveram jantar maravilhoso e noite de amor especial.
Beta resolveu ligar pra amiga pra dizer: “To indo aí e abre a porta do condomínio.”
Beta entrou sem problema algum, mas não foi no ap da amiga e sim da do lanchinho(a).
Surpreendentemente Gastão abre a porta de pijaminha e pantufinha.
Beta adentra e dá pro lanchinho(a) cópia dos mails apaixonados e o folder do Motel de que acabara de sair.
A cena deve ter sido hilária, Gastão correndo atrás de Beta tentando dizer que não é nada do que tu ta pensando!!! (Eu imagino!!!!)
Melhor de tudo é que Gastão entrou no carro de Beta tentando explicar o inexplicável, de pijama e pantufa, sem carteira de dinheiro, tampouco celular.
Beta saiu em direção a sua cidade e disse: “última vez que te aviso, estou indo embora pra Nova Divinéia (outra cidade que eu criei). Então:salta aqui ou vai até lá.”
Decidiu saltar!!! Até hoje não sabemos como voltou pro condômino.
Mas ela, entre nós, vamos combinar; é MESTRAAAAA!!!!
Bj bj
Gabi

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A parte que eu mais gosto de comer no coelho são as orelhas!!!!


Teresa encontrou Jean (que toma champs no café da manhã), e eu?
Encontrei a Academia.
Encontro sem qualquer entusiasmo.
Avaliação: primeiro impasse.
O professor fazendo zilhões de perguntas difíceis. Do tipo: “Tá bom o peso? Ta se sentindo bem? Ta muito puxado o treino? Tu quer o que com a musculação?”
Essa foi a única pergunta que consegui responder: “não quero nada, aliás só quero dizer pra minha terapeuta que eu prometi e cumpri a promessa de ir a uma academia. Vou ser mais sociável.” E fui.
Claro que re-re-re-marquei por algumas vezes a tal avaliação. E pra ficar com muito peso na consciência paguei o mês adiantado (pacote que só me permite duas vezes por semana: “ta ótimo pra mim, aliás, não tem menor?”)
Isso tudo pra dizer que adoro coelho de chocolate... bom mesmo é começar a modê-lo pelas orelhas.

domingo, 18 de abril de 2010



Champagne, espumante, prosecco e cava...
Sabe qual a diferença entre eles ?
Sim, todos são servidos gelados e têm bolinhas, mas cada um tem sua origem, método de produção e estilo.
Mulheres, atenção para as dicas de como escolher a bebida preferida.
Homens, atenção para as dicas de como agradar as mulheres de bom gosto!

Champagne: mais intenso e de paladar apurado, às vezes de cor dourada; nasceu na região de Champagne, nordeste da França. As únicas uvas permitidas na sua produção, são a branca chardonnay, e as tintas pinot noir e pinot meunier. As uvas tintas também são utilizadas no processo de produção de um espumante, porque o que dá a cor à bebida é o contato dela com as cascas.
Todo vinho sofre uma fermentação para transformar o açúcar em álcool e no efervescente, são duas. No champagne, a segunda fermentação é feita na própria garrafa (método clássico ou champenoise). Os champagnes mais caros, podem ficar até dez anos repousando nas caves.
Champagne, só originado da região de Champagne, na França. Qualquer outro espumante produzido fora desta região, desconfie.
Marcas famosas: Veuve Clicquot Ponsardin, Moët & Chandon
Crémant: espumante genérico francês, também elaborado pelo método clássico, produzido fora da região de Champagne. Costumam ter menos pressão e são mais ligeiros.
Marcas famosas: Louis Bouillot, Grandin

Cava: espumante produzido também pelo método clássico, com uvas nativas, originário da região de Penedés, na Catalunha, Espanha. A Espanha é o segundo maior produtor de espumantes.
Marcas famosas: Freixenet, Cordoniu

Prosecco:  prosecco é o nome de uma nativa da Itália, originada da região de Valdobbiadene e Canegliano, no Vêneto. O prosecco é elaborado pelo método charmat, onde a segunda fermentação se dá em grandes tanques fechados de aço inoxidável, que suportam altas pressões. A grande maioria dos proseccos é de cor mais clara e sabor próprio. Existem proseccos no Brasil, e ao contrário do champagne, podem ter seu nome estampados no rótulo.
Marcas famosas: Mionetto e Nino Franco

Espumantes: nome genérico para todo vinho com duas fermentações, da Itália, Brasil, Argentina, Portugal e até Inglaterra. No Brasil, a grande maioria dos espumantes é elaborada pelo método charmat, mas algumas vinícolas arriscam-se no método clássico. No Brasil, além das uvas chardonnay e pinot noir, utiliza-se a riesling itálico.
Marcas famosas: Aurora, Chandon, Dom Cândido, Miolo, Salton, Valduga

Os espumantes e champagnes podem ser brut, sec ou doux. O brut é o mais seco e com baixa concentração de açúcar, o sec ou demi-sec, é levemente adocicado e o doux, é o que concentra mais açúcar.

As informações deste texto foram retiradas de um blog especializado no assunto, cujo endereço, infelizmente não tenho mais.

Espero que tenham gostado das dicas sobre esta bebida
m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a!
TIM, TIM!


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quando o vizinho é cara de pau

Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Dou algumas notas a algumas pessoas que conheço.
A mais sexy.
A mais alta.
A mais magra.
A mais loira.
A mais sei lá o que.
Mas definitivamente a pessoa mais cara de pau que já vi bateu todos os records de pontuação. E olha que pra bater a Rê tem que ser mega-bluster-advantage E PLUS!!!!
E não é que essa pessoa existe???
Feriado de Páscoa: Gabi, Rê e Paty (os personagens desta ficção são mera coincidência da vida real). Todas num sobrado em Canela de amigos dos pais da Rê.
Casa perfeita, tempo perfeito, Sky funcionando perfeita, até que o vizinho chega-chegando. Do tipo que vai abrindo a porta como que hiper parceiro da casa e só não adentra o sobrado porque felizmente a porta está chaveada e o obriga a bater.
O cara se apresenta e vai dizendo: “sou amigo do fulano e vim ver se vocês conseguiram instalar a Sky.” Ao que respondemos que sim e agradecemos. O cara fica na porta fazendo uma média, dá aquele silêncio sem assunto, invadem o sobrado dois cachorrinhos Yorkes. O cara fica encebando e vai dizendo: Olha só: tem um casal de amigos que eu vou trazer pra dormir aqui esta noite porque estou sem lugar na minha casa.
Em resumo: nenhuma de nós conhecia o vizinho que também nunca tinha nos visto e o cara “oferece” seus hóspedes pra dormir conosco!!!
E pior: eles realmente apareceram na noite com o mesmo vizinho adentrando a nossa casa e dizendo: “pessoal vão entrando e fiquem a vontade!!!”
Mestreeeeeee!!!!!
Ganhou o título de cara de pau do ano, talvez década!!!
Gabi

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Confissões

Ok, eu confesso: aos quatro anos, pintei com giz de cera o quadro com a imagem de um palhaço, que meus pais tinham em casa. E apanhei, muito.
Comi barata quando criança, pensando ser um pedaço de chocolate; matava moscas com a mão e as enfileirava, fazendo desenhos com os insetos na classe para deixar a professora com nojo e adorava comer casquinha de ferida do joelho esfolado na brincadeira de esconde-esconde.
Já viajei escondido prá Europa, roubei o carro dos meus pais durante a madrugada, saí de um bar sem pagar a conta.
Confesso que quase fui pego pelos pais da minha namorada, transando com ela, no chão da sala, em cima do tapete persa da minha sogra perua. Não fosse minha capacidade quase atlética de sair correndo e pular a janela da sala da mina, teria apanhado como um vira-lata sarnento, com um taco de baseball do pai dela.
Como um racker, invadi o computador da namorada para espionar sua vida e descobri que ela me traía com dois caras do time de futebol adversário da escola.
Já fiz xixi em beira de estrada, caí de bêbado no próprio vômito, abraçado como cobra no vaso sanitário.
Estraguei a festa de formatura de uma amiga, enchendo a cara e falando um monte de bobagens para um amigo, que obviamente, enfiou a mão na minha cara, me derrubando no chão.
Transei na beira da praia, em uma noite de Réveillon, com o corpo colado na areia, sem me importar com os fogos de artifícios e as pessoas que ao nosso redor, comemoravam a passagem do ano.
Sem dinheiro para comer, dormi no banco de uma praça em Roma e roubei uma carteira de couro de piton na loja onde trabalhava na Irlanda, somente pelo prazer e pela adrenalina em não ser pego com um acessório tão caro dentro do bolso do casaco.
Transei no banheiro de um pub com a garçonete do local, namorada de um amigo, mas não fui capaz de comer ninguém em um cabaré tradicional, em Paris.
Já beijei outro homem para satisfazer minha curiosidade em sentir o gosto da boca de uma pessoa do mesmo sexo e, totalmente bêbado e incapaz de discernir alho de bugalhos, chamei um travesti de “gostosa”.
Ah, a prima da minha mulher... Gostosa como ninguém. Fazia questão de receber o casal para jantar em nossa casa, pois sabia que cedo ou tarde nos esbarraríamos na cozinha, em segredo; no banheiro, para satisfazer nosso desejo em cinco minutos e nocautear nosso tesão.
Procurei por respostas para perguntas que já não existiam, no celular da minha mulher, acreditando ser mais esperto que ela.
No desespero e na solidão, me pendurando do lado de fora da grade da cobertura onde morava, tentei acabar com a minha vida.
Ri no velório do meu pai, em catarse, no limite entre loucura e sanidade mental, externando a dor da perda da pessoa que mais amava, do meu herói.

Já odiei Deus e O desafiei.

Desejei a morte e vi pessoas morrer, com prazer. Fiz curso de tiro ao alvo, porque a arma me dá a sensação de poder. De poder imaginar alguém logo à minha frente e poder acabar com a vida da pessoa, como um Deus. Eu seria capaz disso.
Não, não sou tão ruim e repugnante assim. Eu sei ser um cara legal, divertido, interessante, boa companhia.
Quem um dia não fez algo assim ?
Quem um dia não odiou, sentiu nojo ou fez coisas nojentas e cruéis? Quem um dia não traiu alguém querido ou a si mesmo?
Eu sou humano, soberano, prepotente e inseguro, decidido e covarde, feliz e depressivo, otimista e cético, crédulo e ateu.
Odeio intensamente, mas amo mais ainda.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O retorno de Saturno!


Querido Saturno, diz aí... já passou ou tá passando ainda?

Foi pela Fabi Moller que fiquei sabendo que Saturno demora entre 28 e 30 anos para retornar a seu lugar natal. Esse retorno marca a maturidade física e essa idade (28-30) coincide com grandes mudanças. É neste momento que fazemos um balanço e começamos novos caminhos. Às vezes coincide com etapas de desintegração e de crise que conduzem a pessoa a reorientar sua vida. Está aí a explicação para a crise dos 30.

Queria compartilhar que se tive a crise dos 30, ainda não percebi. Mas de uma coisa eu tenho certeza: QUEM TEM AMIGOS ATURA FÁCIL FÁCIL O RETORNO DE SATURNO!!!

Então... esse post é para enaltecer a importância dos amigos na vida da gente, seja na infância, na adolescência, na idade adulta e na aposentadoria!!!

Comemorar com os amigos, reunir pessoas, ganhar beijos e abraços... NÃO TEM PREÇO... e que a MASTERCARD pague todo o resto!!

Para terminar, um trecho de um e-mail que recebi de algum autor desconhecido, mas muito inspirado:


Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita à casa do seu pai. Enquanto conversavam sobre a vida, o casamento, as responsabilidades, as obrigações e deveres da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo, quando lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho, e disse: Nunca se esqueça de seus amigos! – aconselhou.

Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de, ocasionalmente, ir a lugares com eles; divirta-se na companhia deles; telefone de vez em quando... Que estranho conselho - pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e minha família serão tudo o que necessito para dar sentido à minha vida! Contudo, ele seguiu o conselho de seu pai. Manteve contato com seus amigos e sempre procurava fazer novas amizades. À medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava.

À medida em que o tempo e a natureza realizavam suas mudanças e mistérios sobre o homem, os amigos sempre foram baluartes em sua vida.

Passados mais de 50 anos, eis o que o jovem aprendeu:

O Tempo passa.

A vida acontece.

A distância separa...

As crianças crescem.

Os empregos vão e vêem.

O amor se transforma em afeto.

As pessoas não fazem o que deveriam fazer.

O coração para sem avisar.

Os pais morrem.

Os colegas esquecem os favores.

As carreiras terminam.

Mas os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo nem quantos quilômetros tenham afastado vocês.

Um AMIGO nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida! Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabemos das incríveis alegrias e tristezas que experimentaremos à frente, nem temos boa noção do quanto precisamos uns dos outros...

Mas, ao chegarmos ao fim da vida, já sabemos muito bem o quanto cada um foi importante para nós!