segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Promessa de felicidade, festa da vontade!


Seu eu tivesse um canudinho, chupava vocês pra dentro do meu mundinho!

- Chê, não estranha, não. Eu tenho carteirinha de louca, mesmo; logo, estou alforriada pra estas atitudes. Sabe o que é? Queria tirar uma foto de vocês dois.


É. Deixa, eu explico. É que eu mesma fui chupada, sem canudinho, porque o porre era de vinho, quando pintou a idéia, pra dentro de um blog, na condição de colaboradora.



Vez ou outra escrevo, sobre coisas que me atravessam a mente, e adorno com uma imagem. A do texto sobre vocês dois ficou fraquinha...


Tá, vamos do começo.



Aquela expressão norte-americana, saca? “Make my day”. Pozé, parece que Alguém nos fez vizinhos, a nós três, porque quase sempre que me ocorre pôr o nariz pra fora de casa, pra longe dos livros, de detrás da telinha, Ele/Ela dá um jeito pra que eu os veja. E, Meu Amigo, Meu dia fica completo!


Vou contar um pequeno segredo. Na sexta passada, fazia um sol que não consigo caracterizar melhor senão por ‘primaveril’, lembra? Tarde divina, gloriosa, sem os excessos desgastantes do calor veranil. Pois eu me dei uma horinha sentada ao sol, na escada de entrada da casa de Mainha, esperando que talvez os visse vindo, sabe-se lá de onde! (Eu os vira indo, ao colocar meu lixo na rua, antes de sair, porque não ter a sorte de revê-los vindo, agora? Hum?).



Ok, ok. Outra criação yankee pulula: sou a looser daquele blog, já se viu. Singelezas e coisas fora do menu atraem minhas lentes castanho-vulgar. Pior é essa urgência em compartilhar com supostos leitores.... Mais: misturo uma gíria via-de-regra oitentista com um português machadiano. Claro está que não sou produto da cruza de engenheiros. Trago o nariz meio tortinho, mesmo, porque esteve dentro dos livros, na fase de crescimento, a maior parte do tempo. A gíria é um truque: participo daquela comunidade do Orkut “Socializo Falando Putaria”. É o jeito dos inadequados estabelecerem algum contato com o mundo real.



Mas deixa eu falar de vocês.



Esse teu caminhar longilíneo, de loooooooongas passadas, mãos que eu só posso supor igualmente grandes, sempre enfiadas no bolso. O olhar altivo, mas não desafiador. Antes, a impressão que me fica é de um estar à margem, de um invulgar. Estás metido na bolha do teu projeto pessoal, e isso é suficiente.


Aí, então, vem o melhor, o verdadeiro gozo: sequer te preocupas com ela! E não é desamor, se vê. É mesma freqüência, é sintonia antiga.


Percebo que os lacinhos rosados na pelagem negra das orelhas devem ficar na conta de uma suposta mãe ou irmã que dela também se ocupam ocasionalmente. Entendo um pouco dessa coisa. Homens não encorajam tais frivolidades de pet shop, principalmente se jovens como tu.



Mas aquilo não te inibe, absolutamente, certo? O magnetismo que há entre vocês dois é de tal sorte que, dos bolsos, tuas mãos jamais saem. Guia, peiteira, coleira pra quê? Amizades antigas dispensam retenções artificiais, não é mesmo? Já notei que basta um olhar, o diminuir da passada, tuas paradas. Ela sequer te olha; acompanha.



Nada sei de vocês dois. Não sei seus nomes, não sei suas histórias, não me ocorre sequer suas idades. Sei do encantamento que esse caminhar a dois, seguro e solto - porque unido à força do tempo, do costume, da amizade – me traz.



Porque, eu? Eu, um dia, ainda vou ser livre!


Mas e aí? Rola a foto ou não?


Por Vv.

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